A Presidente do TRF6, desembargadora federal Mônica Sifuentes, recebeu, em seu gabinete, representantes de comunidades ribeirinhas e integrantes do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens). No encontro, em que estava também presente o Procurador-chefe da PRR6 (Procuradoria Regional da República da 6ª Região) Patrick Martins, a magistrada ouviu atentamente depoimentos de moradores de localidades afetadas em Minas Gerais, incluindo uma liderança indígena.
A reunião foi realizada na tarde do dia 26 de setembro. Além de depoimentos, alguns até emocionados, foram apresentadas à Presidente do TRF6 propostas que o movimento social gostaria que fossem incluídas na Mesa de Repactuação, cujo responsável na corte é o desembargador federal Ricardo Rabelo. Uma das propostas ressalta a inclusão de indenizações individuais no processo de reparação do desastre ambiental em Mariana. Para Joceli Andreoli, membro da coordenação nacional do MAB, a Presidente da corte mineira pode ajudar muito na concretização das propostas apresentadas.
Ao tomar a palavra, Mônica Sifuentes destacou não apenas a importância estratégica do TRF6 no contexto do desastre em Mariana mas também o olhar sensível de todos os desembargadores federais da corte sobre o caso. “Eu acho que esse caso, em si, justifica a criação do TRF6. Porque o TRF6 foi criado para que a Justiça em Minas ficasse mais próxima da população. Porque não tem como uma causa que teve um impacto tão grande, tão desastroso na vida do povo mineiro e na vida do povo do Espírito Santo, ser julgada em Brasília. Tinha mesmo que ser trazido de lá”.