Kajuru chama atenção para aumento da violência contra a mulher no Brasil

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) chamou a atenção, em pronunciamento no Plenário do Senado, para o aumento da violência contra a mulher no Brasil. Segundo o parlamentar, 1,4 mil mulheres foram vítimas de feminicídio em 2023, o que representa o maior número registrado desde 2015, quando surgiu a Lei 13.104, de 2015, que tipifica o feminicídio e o inclui no rol de crimes hediondos. O senador pediu que seja instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar crimes de violência doméstica e familiar.

 
— Acredito que tais números mais do que justificam a instalação da CPI, criada por mim, para apurar as causas da violência, em todos os sentidos. Pois a mulher rica violentada vira notícia, a mulher pobre violentada fica em silêncio ou morre. Uma discussão ampla sobre o tema, com especialistas de todas as matizes ou os matizes só pode, então, trazer consequências positivas. Nós legisladores teremos mais elementos para a elaboração de projetos sobre o assunto que, ainda com uma CPI independente e rigorosa, ganhará ressonância em todo o país e ampla visibilidade, multiplicando o debate sobre o problema que não pode prescindir de urgente solução.
 
O parlamentar destacou o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, e ressaltou que a população feminina precisa ser livre e respeitada para que possa contribuir ainda mais com o avanço da sociedade. Para Kajuru, as mulheres deveriam participar mais da política e ocupar mais postos de comando, recebendo salário igual ao dos homens e dispondo de suas vidas de maneira independente.
 
O senador também destacou projeto de sua autoria que veda a discriminação de gênero nos concursos para ingresso nas corporações militares estaduais (PL 307/2024). Para Kajuru, a proposta pode resultar em um enorme impulso na luta das mulheres para igualdade de gênero.
 
— As mulheres podem e devem ocupar todas as vagas para as quais se mostrarem habilitadas, e em qualidade de qualquer atividade. Nunca é demais proclamar: abaixo a discriminação de gênero!